USP-Filarmônica inaugura fosso de orquestra no Teatro do Campus

Primeiro teatro de ópera da USP receberá a récita de Bastien&Bastienne de Mozart
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Por Analídia Ferri
Fotos: Andre Estevão / Divulgação

A USP-Filarmônica, orquestra de alunos da USP de Ribeirão Preto, comemora a marca de 100 concertos com inauguração do fosso de orquestra do recém-reformado e renomeado Teatro do Campus (antiga Capela), nos dias 12 e 13 de junho, às 20h30, com apresentação da récita de Bastien & Bastienne, composta por Wolfgang Amadeus Mozart. A entrada é gratuita.

A ópera vem sendo ensaiada desde maio pela orquestra, com um novo elenco de jovens cantores, a soprano Flávia Gattás como Bastienne (caloura, aluna de graduação do Departamento de Música-USP e bolsista da USP-Filarmônica), o tenor alemão Johannes Grau como Bastien (ex-aluno do Coral de Tomé de Leipzig e da Escola Superior de Música Hanns Eisler de Berlim), e o baixo Luis Felipe Sousa como Colas (aluno de graduação do Departamento de Música-USP e bolsista da USP-Filarmônica). A direção cênica, cenário, figurino e iluminação estão a cargo de Nathalia Lorda, formada em direção cênica pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da USP). Rubens Russomanno Ricciardi, maestro da USP-Filarmônica, assina a direção artística geral.

Na abertura do programa, será apresentado um repertório brasileiro, com as modinhas “Viola Quebrada” (composição de Mário de Andrade e Villa-Lobos, com arranjo e orquestração inédita de Rubens Russomanno Ricciardi) e “Moreninha” (de autor brasileiro anônimo do século XIX, com orquestração e arranjo inédito de Rubens Russomanno Ricciardi), bem como a nova obra de Rubens Russomanno Ricciardi, recém composta, “Amar e ser amado” (com poema de Castro Alves), interpretadas por outros jovens solistas da USP de Ribeirão Preto: Felipe Rissarri (contratenor), Gilberto Ceranto (violino), Caio de Souza (viola caipira) e Tamara Pereira (soprano).

Foto: Andre Estevão/Divulgação

A inauguração do fosso de orquestra do Teatro do Campus acontece numa realização conjunta do Núcleo de Pesquisa em Ciências da Performance (NAP-CIPEM) do Departamento de Música da FFCLRP-USP (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo), com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP e Prefeitura do Campus da USP de Ribeirão Preto.

As duas apresentações são gratuitas e os lugares disponibilizados por ordem de chegada. Mais informações no Departamento de Música da USP de Ribeirão Preto, no telefone (16)3315-3136.

Teatro do Campus da USP

Construído na década de 1960, o prédio foi originalmente batizado como Capela São Lucas. O projeto com linhas típicas do século XX manteve paredes flutuantes, penduradas em balanço por colunas e vigas que criam um pé-direito de 7 metros e 547 metros quadrados de vão livre, com vitrais do artista BassanoVaccarini.

Fachada do Teatro do Campus da USP Ribeirão Preto, antigo Espaço Cultural Capela (Foto: Vladimir Tasca/Divulgação)

A partir de 1969, a então Capela da Medicina passou a abrigar os concertos mensais do Grupo Pró-Música, fundado e mantido por professores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (esta mesma série ainda existe até hoje, chamada Concertos USP / Theatro Pedro II). O uso frequente do espaço mostrou necessidades que não haviam sido contempladas no projeto original. Em 1994, começou a sua adaptação e, em 2003, foi reinaugurado como Espaço Cultural Capela. Em junho de 2017, foi iniciada uma nova reforma para atender às necessidades de acessibilidade e segurança. Foram reformados os sanitários, o telhado, o palco, as estruturas cênicas e os forros e instalado elevador. Saiba mais aqui.

Sobre a Ópera

“Bastien & Bastienne KV. 50” (1768) é uma ópera completa composta por Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Então um menino de 12 anos de idade, é possível que Mozart tenha recebido alguma orientação do grande violinista, compositor e teórico da música, Leopold Mozart (1719-1787), seu pai e mestre, em sua composição.

O surgimento de Bastien & Bastienne de Mozart passou por várias etapas. Diversos autores literários contribuíram para a elaboração do libreto.Tudo começou com Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), com a estreia, em 1752, de sua ópera “Le Devindu Village” (O advinho da aldeia). O libreto receberia ainda várias adaptações francesas. Uma adaptação austríaca tardia, agora cantada em alemão, serviu para a versão musical de Mozart.

O enredo trata de amores de adolescentes: das desilusões de Bastienne, uma jovem menina da roça, que sente falta de seu amado, Bastien, outro jovem da roça, mas que se aventura agora na cidade em busca de outros amores. Desesperada e almejando reconquistar seu amor perdido, ela recorre à ajuda do Mestre Colas, um mago repleto de magias. A trama se desenvolve em torno dos conselhos dados pelo feiticeiro, tanto para Bastienne como para Bastien. A montagem é de Nathalia Lorda.

SERVIÇO

100º e 101º Concerto da USP-Filarmônica
Inauguração do fosso de orquestra do Teatro do Campus da USP

Quando? 12 e 13 de junho (terça e quarta), às 20h30
Onde? Teatro do Campus (antiga Capela), na USP. Av. Bandeirantes, 3.900 – Monte Alegre
Entrada gratuita

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